domingo, 13 de maio de 2012

Aventura

Proposta: crônica narrativa ou reflexiva tendo como título uma das palavras a seguir: Ventania, amizade, solidão, liberdade, aventura, solidariedade.

Aventura

     Quando você percebe que precisa correr, já passa da hora de voar. O quê? Não, mais rápido! Não importa o "porquê", o "de onde" e muito menos o "para onde". A corrida em si já é a aventura daquele instante. O que diferencia um maratonista competindo de um estudante prestes a perder o ônibus? Os olhos de quem vê.
      Pode-se correr por medo, ansiedade, fúria, pressa ou simplesmente pela graça do movimento. Pé direito e pé esquerdo, com um curto intervalo suspenso no ar. O ser humano corre para alcançar aquilo que vai depressa. E se não consegue, é por não poder voar.


Curto, mas interessante?

Beijos!

Chá com bonecas

Essa é uma proposta do ano passado, onde deveríamos escrever um relato de até 15 linhas que traduza uma brincadeira praticada pelas crianças durante a infância.

Chá com bonecas

     A menina estava completamente distraída, falando sozinha. Não tinha ainda maturidade para enxergar a linha divisória entre as casinhas de madeira e o mundo real, de concreto. Seus problemas não eram nada além de situações imaginárias e coisas insignificantes, que para ela pareciam ser o fim do mundo.
     Quando perguntada sobre outras crianças, dizia que não sentia falta delas, e brincadeiras diferentes não tinham vez. Os irmãos e irmãs iam sempre correr lá fora, mas ela preferia ficar no interior da casa com os adultos. Enquanto eles tomavam chá de erva cidreira, a menina fazia seu próprio chá para suas bonecas, tão presa a ponto de nunca sair de sua realidade limitada e cor-de-rosa.

.-. no papel fica bem maior que isso. Enfim.

Beijos!

sábado, 12 de maio de 2012

Máquina de isolar pessoas

 Voltei das cinzas! Desculpem a demora, minha preguiça é mais forte que eu.
Posto aqui uma das últimas redações que fiz na escola. Só consegui achar o rascunho, mas acho que tirei 9 nessa. Espero que gostem.
O objetivo desta vez era escrever um artigo de opinião com o seguinte tema: "Solidão voluntária: Reflexo da contemporaneidade ou opção de vida? A que vazio parte a humanidade?"


Máquina de isolar pessoas

     Querer ficar sozinho é algo totalmente normal. Vinte anos atrás, porém, era estranho. Talvez seja porque no começo da década de 90 não havia banalidades com computadores e internet sem fio jogando suas informações por aí. Mas o computador uniu quem estava longe, certo? Não. Para isso já havia telefone.
     As tecnologias do novo milênio facilitaram muito a vida, mas também é problema facilitar demais. A geração mais jovem anda até com preguiça de fazer amizades. Pessoalmente, é claro. Virtualmente, os contatos multiplicam-se proporcionalmente às mensagens mandadas e recebidas de desconhecidos.
     Permanecer só ou cercado de pessoas deixou de ser uma escolha quando começaram a inventar aparelhos mais fáceis - mas nunca melhores - de lidar que o convívio com qualquer outro ser humano. Junto com essa decisão perdemos o senso crítico e vontade de lutar contra aquilo que nos desagrada. No passado, quando ainda éramos normais, costumava-se ir longe em busca de novos rostos, mais pessoas para se conhecer. É provável que a sociedade esteja hoje em dia se isolando por falta de confiança.
     Sendo ou não efeito da modernização, a solidão tende a aumentar como bola de neve. Se tudo permanecer do jeito que está, daqui a não tento tempo assim perderemos a voz.


E aí, concordam? Beijos!