Olá, colegas de vida! Para a alegria de todos (assim espero),
voltei com o segundo capítulo da enrascada de nossa já querida e amada Annie.
Será que ela vai pular do prédio? Confira agora nessa postagem J Agradeço desde já a
todos que sugeriram suas músicas para esta segunda parte; mesmo que ao final
tenha escolhido apenas uma, tenham certeza de que todas as canções aparecerão na história
em algum momento. Novamente, apreciem com moderação.
... Annie respirou fundo, engoliu o sangue que estava em sua
boca e olhou para o que acreditava ser o rosto dele.
Capítulo #2 – Die another day
Definitivamente, revólver ganha de faca, por maior que seja
esta. Ainda assim, o lado mais obscuro de Annie fazia perguntas. “Quem é este
homem?”, “O que ele faz aqui?”. Se ela fossem em direção à chuva gelada, nunca
saberia.
Então, juntando toda sua coragem e insanidade, abaixou-se, pegou o facão e encarou a criatura perversa que agora a encarava de volta.
- Você quer a
minha vida? Então temos algo em comum. Eu me recuso a morrer hoje. Aqui. Com
você.
Nesse momento, seus pensamentos enovelaram-se e seu coração
genuinamente bom ficou negro.
Quando percebeu o que estava fazendo, já estava na metade do
caminho entre a janela e o assassino. Se alguém que ouvira seus pedidos de
socorro chegasse àquela hora, seria difícil explicar quem era o predador e quem
era a presa. Sem hesitar, Annie desferiu um golpe certeiro no meio do rosto
dele. Bem, quase certeiro, pois quando tentou fazê-lo, ele se defendeu, e o facão
fez nada mais que um talho em seu braço. Ao sentir que tinha batido no osso,
ela recuou enojada e apavorada.
Ele, é claro, usou isso para recuperar sua vantagem. Assim
que a ânsia de vômito que havia tomado conta dela foi embora, Annie olhou novamente
para onde o agressor estava e não o encontrou. Olhando bem, ele não estava mais
no quarto. Ela não podia acreditar em como tinha vacilado.
- Apareça, seu
covarde! Apareça ou eu vou te cortar em mil partes!
Sua voz soava agressiva, mas ela estava prestes a morrer de
medo.
- O que foi,
está com medo agora?
Ela deu um passo em direção à sala.
- Deveria ter
pensado nisso antes de invadir minha casa!
Dois passos. Três. Quatro. Já estava no meio da poça de
sangue que havia deixado ali.
- Quem eu sou
não te interessa – disse ele com voz de veludo.
Annie deu um pulo e afastou-se dele rapidamente até que suas
costas tocaram a parede rachada do outro lado da sala. Olhou-o de cima a baixo.
Ele tinha apagado as luzes, então ela não podia ter certeza se o conhecia ou
não.
- O que você quer,
então? – Apesar de ter medo da resposta, ela tinha que perguntar.
Ele se aproximou lenta e assustadoramente. Seus passos
vacilantes assemelhavam-se de alguma forma aos de um tigre que estava prestes a
cravar os dentes em uma presa diminuta e indefesa. Nesse momento, Annie percebeu
que não podia oferecer resistência. Quando ele parou a menos de meio metro
dela, o facão escorregou pelos dedos dela até que sua ponta tocou o chão.
Surpreendentemente, ela ainda era incapaz de enxergar as feições dele.
- Essa, - ele
esticou a mão, petulante, e afastou uma mecha de cabelos do rosto dela – é a
pergunta certa.
Ele tinha cheiro de Éter e mais alguma coisa que ela não pôde
identificar. Alguns segundos depois, os olhos de Annie fecharam-se contra sua
vontade. Ela os abriu. O assassino estava cada vez mais perto.
- Eu...
Estava ficando muito difícil manter-se acordada.
- Quero...
Seus joelhos falharam e ela caiu no chão. O rosto dele
bloqueou a pouca luz que ela ainda conseguia ver.
- Você.
- Por quê?
Ele se levantou e deu alguns passos em direção à porta.
- Essa... é
outra pergunta errada.
- Fim do segundo capítulo -
E aí,o que acharam? Valeu a interminável espera de vinte e quatro horas? A música usada neste capítulo foi Die Another Day,da inconfundível Madonna. Sugestão da Lica Prado, minha colega do Movimento animal.
Não se esqueçam de manifestar a opinião de vocês, seja por comentários ou inbox (sim, estou no Facebook).
Muito obrigada por lerem. Beijos!
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