Olá, queridos leitores (espero tê-los; falar sozinha já está
me aborrecendo). Aqui está o primeiro capítulo do meu (ou devo dizer nosso?)
novo folhetim. Para quem não leu minha primeira postagem no Facebook, vou
explicar-lhes novamente: Trata-se de uma história dividida em capítulos curtinhos
que vocês poderão e deverão ler em tempo real (postarei num intervalo de no
máximo sete dias). Cada um desses capítulos – não defini quantos ainda – levará
o nome de uma canção e será baseado/inspirado nela. A playlist, é claro, será
definida por vocês, raios de sol! Conforme eu for postando as partes, escutarei
as faixas sugeridas por vocês e escolherei as que mais se adequarem ao rumo da
história, então, escolham bem!
E agora, sem mais delongas, o início do início. Apreciem com
moderação J
Capítulo #1 – Smooth Criminal
Annie estava
sozinha em casa. Nada de extraordinário, certo? Pois bem, deixe-me acrescentar
um ou dois detalhes: Annie estava sozinha num apartamento no primeiro andar de
um prédio que não tinha cerca elétrica. Esse edifício localizava-se na parte
errada da cidade. Errada? Sim, erradíssima. Não seria exagero dizer que ela encontrava-se
só numa terra sem lei, num local onde mata-se e morre-se a troco de nada.
Annie
limpava a sala. Chovia forte lá fora, o que era ao mesmo tempo reconfortante e
assustador. Ela andava de um lado para o outro com seu aspirador de pó
remendado, cantando e dançando uma música qualquer. Aquele par de fones de ouvido
que lhe era tão precioso foi o que a condenou.
Em seu
momento de pura distração e euforia, não viu nem ouviu quando um homem alto,
razoavelmente forte e diabólico entrou pela janela e a golpeou na cabeça. Na
verdade, ela só sabia que era um homem pela voz, pois não perdeu tempo olhando
para trás quando segundos depois acordou, levantou-se o mais rápido que pôde e
cambaleou em direção ao único quarto que ali havia. Escorregou uma vez no
próprio sangue, mas conseguiu chegar antes de seu agressor, que por algum
motivo ainda estava parado no meio da sala.
Annie queria
trancar a porta, mas não tinha chave. Arrastou a pouca mobília que tinha – sua cama
e um criado-mudo – e bloqueou a abertura. Colocou a cabeça para fora da janela
e gritou por ajuda com todas as forças que tinha, mas ninguém a ouviria em meio
àquela tormenta. Uma pancada na porta a deixou ainda mais desesperada, mas foi
o tiro que a fez pensar na possibilidade de pular a estreita janela e
sujeitar-se a algumas fraturas.
Seu tempo estava esgotando-se, o agressor só podia ser de
ferro. Menos de dois minutos depois, a porta já estava escancarada, e a figura
de preto avançava lentamente em sua direção.
Apontou a arma para sua face. Annie encolheu-se e fechou os
olhos.
Clic.
Silêncio. O assassino estava sem balas? Annie não podia se
dar ao luxo de pensar. Enquanto ele ocupava-se de sua arma, uma escolha pairou
em sua mente: pular a janela ou lutar? Ela já podia ver quase nitidamente o
facão que geralmente deixava atrás de sua cama, agora caído no chão. Fugir ou
ficar, fugir ou ficar...? Não havia mais tempo. Annie respirou fundo, engoliu o
sangue que estava em sua boca e olhou para o que acreditava ser o rosto dele.
- Fim do capítulo -
E aí, gostaram? Não é o meu melhor texto, mas acredito que a história vai evoluir. Para os mais distraídos, a música que escolhi foi Smooth Criminal, do Michael Jackson.
Não se esqueçam de comentar e compartilhar essa primeira parte da nossa história! Caso queiram falar comigo, estou no Facebook.
Beijos!
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